"Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira."

Che Guevara

quinta-feira, 23 de julho de 2015

22 ANOS DA CHACINA DA CANDELÁRIA.


Após manobras regimentais na câmara dos deputados, onde apenas 24 horas após o plenário rejeitar a redução da maioridade para crimes graves, a Câmara dos Deputados colocou novamente o tema em votação e aprovou no dia 02/07/15 a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz de 18 para 16 anos a idade penal para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.

Chacina da Candelária e Sandro Barbosa do Nascimento autor do sequestro do ônibus 174

Não custa lembrar a triste história da chacina da candelária, para refrescar a mente de alguns desenformados, para que possa fazer uma reflexão sobre está lei.

A Chacina da Candelária, como ficou conhecida este episódio, foi uma chacina que ocorreu na noite de 23 de julho de 1993, próximo à Igreja da Candelária, localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro.
Neste crime, oito jovens (seis menores e dois maiores de idade) sem-teto foram assassinados por policiais militares, sendo eles;
Paulo Roberto de Oliveira, 11 anos
Anderson de Oliveira Pereira, 13 anos
 Marcelo Cândido de Jesus, 14 anos
 Valdevino Miguel de Almeida, 14 anos
 "Gambazinho", 17 anos
Leandro Santos da Conceição, 17 anos
Paulo José da Silva, 18 anos
Marcos Antônio Alves da Silva, 19 anos
Na noite de 23 de julho de 1993, pouco antes da meia-noite, dois carros com placas cobertas pararam em frente à Igreja da Candelária. Em seguida, os ocupantes atiraram contra dezenas de pessoas, a maioria crianças e adolescentes negros e pobres, que estavam dormindo nas proximidades da Igreja.
Posteriormente, nas investigações, descobriu-se que os autores dos disparos eram policiais. Como resultado, seis menores e dois maiores morreram e várias crianças e adolescentes ficaram feridos. Um dos sobreviventes da chacina, Sandro Barbosa do Nascimento, voltou aos noticiários quase sete anos depois, como o autor do sequestro do ônibus 174.
Não precisa ser formado em Segurança Pública para saber que é ineficaz a redução da maioridade penal como solução contra a violência.  
Essas medidas não significa que o número de crimes praticados por adolescentes reduzirá o número da criminalidade.
A solução inicial seria de curto prazo, médio e longo prazo. A violência não se combate com detenções em cadeias e presídios, e sim o poder pública investir na distribuição de renda, gerar emprego, saúde e melhorar as escolas, e quando digo poder público digo nas esferas municipal, estadual e federal, todos tem que fazer o seu papel, se isto não acontecer não vai dar certo.

Redação: Cleomar Ribeiro.

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