O Plano Nacional de Educação (PNE) deveria estar em vigor desde 2010, no entanto até agora não foi aprovado no Congresso Nacional. A proposta ainda está sendo analisada pela comissão especial e só depois será levada ao Plenário e, se aprovado, para sanção da presidente Dilma. Neste momento, a aprovação do relatório esbarra na polêmica da questão de gênero.
Como essa
é a etapa final da discussão do texto, após analise da Câmara e do Senado, ele
retornou à primeira casa, agora, os deputados podem apenas acatar o texto
sugerido pelos senadores ou retomar a redação aprovada pela Câmara em 2012.
O trecho
alvo de faixas e gritos e cartazes é aquele que trata da “superação de
desigualdades educacionais”. O texto aprovado pela Câmara em 2012 aponta que
tal superação terá como ênfase a “promoção da igualdade racial, regional, de
gênero e de orientação sexual”. Mas o texto que chegou do Senado trata da
“superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania
e na erradicação de todas as formas de discriminação”, ou seja, não entra na
questão de gênero especificamente.
O debate
está nesse embate desde março e não enfrentou questionamentos sobre metas
centrais do plano, como a erradicação do analfabetismo ou gasto de 10% do PIB
na educação, o que criticam os parlamentares do PCdoB.
Para a
deputada Alice Portugal (BA), não se pode por conta de uma terminologia contra
a descriminalização e transformar o PNE numa discursão de que nada presta, de
que este PNE é um vilão. “Me parece que infelizmente que não são os elementos
fundamentais da construção de um plano de 10 anos, que já estamos
atrasados, que estão sendo colocados como elemento condutor da principal
polêmica que acorre a essa comissão especial. Nós temos que priorizar na
discursão desse plano em primeiro lugar os 10% do PIB para a educação e
priorizar também a meta 17 que indica uma equalização do profissional professor
não pode ser colocado a margem das médias salariais de outros profissionais de
nível superior no Brasil”.
Essa é
também a argumentação do parlamentar Chico Lopes (CE). “Os parlamentares e a
sociedade estão se prendendo a uma particularidade e não discutindo o todo. Eu
tenho o direito de usar o meu corpo do jeito que eu quiser. A própria educação
me leva para a liberdade”, defende o deputado.
Gustavo
Petta, parlamentar de São Paulo (SP), também saiu em defesa do relatório, que
garante 10% do PIB para a Educação Pública e 40% das vagas de expansão do
ensino superior reservadas em universidades públicas. Ele elogiou os pontos que
tratam da erradicação do analfabetismo e da ampliação da educação integral no
Brasil.
Fonte: www.liderancapcdob.org.br
Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB CD
Tatiana Alves
Liderança do PCdoB CD
Tatiana Alves