O presidente do Senado Federal ,
Renan Calheiros, entregou simbolicamente os diplomas e broches do senador Luis
Carlos Prestes (1898-1990) e a seu suplente Abel Chermont (1887-1962) à viúva,
Maria do Carmo Ribeiro Prestes, e a Carlos Eduardo Chermon, neto de Chermont em
solenidade realizada nesta quarta-feira (22/05) no Senado Federal.
“Não
podemos revogar muitas das páginas pálidas e vergonhosas em nossa história, mas
sempre devemos reformá-las a fim de guiar as futuras gerações do país o
respeito à independência dos poderes que é um dos pilares da nossa democracia.
Como presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, peço publicamente
desculpas a família de Luiz Carlos Prestes pela atrocidade patrocinada pelo
Estado contra um ilustre brasileiro legitimamente escolhido pelo povo”.
O
presidente do Senado também leu em Plenário carta enviada pela presidente da
República, Dilma Rousseff, em homenagem ao político comunista. Dilma afirmou
que a sessão especial foi um “ato nobre de reparação e desagravo”.
Na sessão
especial participaram o presidente do PCdoB, Renato Rabello, deputados federais
da legenda, representantes de entidades estudantis e ainda filhos e netos de
Prestes e Chermont.
A viúva
Maria Prestes foi aplaudida por todos presentes na cerimônia ao falar que o
reconhecimento do senador Prestes por meio da solenidade. "O broche não
pertence a mim e nem a minha família, mas sim ao povo brasileiro que o
elegeu".
Inácio
Arruda (PCdoB/CE) autor do projeto de resolução afirma que Senado faz
"justiça" ao devolver simbolicamente o seu mandato. Para ele, a
medida contra Prestes feriu as garantias constitucionais do direito adquirido e
do ato jurídico perfeito. “Além da mágoa jurídica há também uma mágoa política
de um ato antidemocrático de cassação de um parlamentar eleito pelo voto do
povo. A proposta tenta reparar esse duplo erro fazendo justiça na história
brasileira”.
Fonte:
Assessoria de Comunicação
Liderança
do PCdoB/CD
Tatiana
Alves