"Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira."

Che Guevara

terça-feira, 26 de agosto de 2014

ELEIÇÕES Garantia de direitos dos trabalhadores depende de aumento de bancada

Análise do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar alerta para ofensiva patronal no próximo ano caso a bancada trabalhista perca força no Congresso. Para deputado Assis Melo bases sociais e sindicais precisam se articular.

         Reprodução Internet

Análise do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar alerta para ofensiva patronal no próximo ano caso a bancada trabalhista perca força no Congresso. Para deputado Assis Melo bases sociais e sindicais precisam se articular.
Os direitos garantidos aos trabalhadores estão ameaçados. O alerta foi dado pelo diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, durante entrevista a veículos alternativos. Segundo ele, se a bancada trabalhista no Congresso não crescer na próxima legislatura, haverá risco de perda de direitos mesmo em um eventual segundo governo de Dilma Rousseff. A questão, avalia Queiroz, está na distribuição de bancadas no Parlamento, hoje com ampla maioria patronal, reforçando a correlação de forças desigual aos trabalhadores (273 a 91).
Representante dos trabalhadores no Congresso, o deputado Assis Melo (RS) reforça a necessidade de articulação das bases sociais e sindicais para evitar que a Câmara dos Deputados sofra com a perda de representação parlamentar da classe.
“A desigualdade, em termos de representação das minorias e dos trabalhadores, já é muito forte na Câmara dos Deputados e se não estivermos mobilizados, quem perderá com essa redução são os trabalhadores. Quase todos os dias entram em discussão projetos para retirar direitos e conquistas dos trabalhadores. É um movimento que interessa apenas a grandes grupos econômicos. Dos 513 deputados, não chegamos a 100 vinculados ao movimento sindical. Os demais representam as bancadas ruralista e patronal, onde a classe empresarial elege seus representantes para defender os interesses no Congresso Nacional”, reforça.
Para Assis, “esse movimento orquestrado só traz prejuízo quando se discute uma nação soberana, com a ampliação dos direitos sociais nas áreas da educação, saúde, segurança, moradia, mobilidade social”.
A preocupação manifestada por Assis dialoga com os dados do Diap. O departamento mostrou que, em função dessas distorções, a Câmara dos Deputados, nessas eleições, corre o risco de passar por uma renovação só vista anteriormente em 1990, da ordem de 61% dos componentes.
“Apesar de a bancada dos trabalhadores ser minoria, tivemos muitos avanços, como a política de valorização do salário mínimo e da destinação de 10% do PIB para a educação. Os detentores do poder e do capital não compreendem isso como uma necessidade, um direito, de quem produz a riqueza desse país, porque explorar a mão de obra e sua força de trabalho interessam apenas uma minoria dominadora, que controla e regula o mercado financeiro para eleva juros, retirar direitos e evitar a valorização com distribuição de renda”, acrescenta Assis.
Aliado a essa situação, há ainda a dificuldade do financiamento da campanha, onde as forças conservadoras impuseram o financiamento privado, em detrimento do financiamento público, criando obstáculos aos candidatos que representam o pensamento progressista para disputar "em igualdade de armas" com os candidatos apoiados pelos setores conservadores.
Nos últimos anos, segundo o Diap, a taxa de renovação de parlamentares oscilou entre 43,86% (em 2008) e 44,25% (em 2010). Em 1990, foi de 61,82% e, em 1994, de 54,28%. Em relação à bancada de representante dos trabalhadores, existem hoje, em todo o Congresso, 83 deputados e oito senadores.
De Brasília, Christiane Peres
Com informações da Assessoria do deputado Assis Melo.
 

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

EMPREGO Geração de empregos continua a crescer no governo Dilma



Dados da Relação Anual de Informações Sociais apontam crescimento anual de 3,1% dos empregos em2013. 
     Ascom/Pref.Votuporanga   Apesar da crise mundial e da redução do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o número de empregos novos continuou a crescer no governo Dilma, como apontam os dados divulgados pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). O estudo abrange dados de empregos formais nos setores público e privado no país, e mostra que foram criados 1,49 milhão de empregos formais no Brasil no último ano – crescimento de 3,1% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 1,14 milhão de empregos. O montante de vínculos empregatícios também cresceu, passando de 47,45 milhões em 2012 para 48,94 milhões em 2013. Os dados podem ser acessados aqui
Geração de Emprego - RAIS

2011
2012
2013
Nº de empregos novos
2,2 milhões
1,1 milhão
1,5 milhão
Crescimento anual
5%
2,5%
3,1%
Fonte: Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).
A oposição vem divulgando uma suposta “queda” na geração de empregos formais, com base em números provisórios, mensais e incompletos – como os divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no último dia 19, que apontou a menor geração de empregos formais para o mês de julho em 15 anos.
Os dados definitivos, disponibilizados pela Rais, no entanto, mostram que a criação de empregos em 2013 cresceu em relação a 2012. Apesar dos dados da pesquisa estarem disponíveis há semanas, o discurso da oposição permanece o mesmo.
No mundo, em 2013, o número de desempregados atingiu 202 milhões, cinco milhões a mais que em 2012. Além disso, entre os que continuam empregados, 48% estão em trabalho precário, com salários limitados, tempo parcial e sem proteção. No Brasil, acontece o contrário e ainda vem melhorando.
“Conseguimos enfrentar esse cenário de crise com geração de emprego e renda para os trabalhadores. Não podemos voltar atrás”, afirmou o deputado Assis Melo (RS).
É natural que, no futuro, o número de novos empregos tenda a cair, pois a parcela de desempregados tende a diminuir a cada ano. Permanecerá crescendo apenas o número líquido daqueles novos trabalhadores que chegam todos os anos no mercado de trabalho.
“Esta é a política correta de valorização do emprego e contra a pobreza. A política da oposição nós já vimos antes: é a do alto desemprego e a da volta da informalidade do trabalho”, aponta a líder da legenda na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ).
O aumento do emprego formal em 2013 ocorreu em todos os setores, cujo comportamento está atrelado à dinâmica macroeconômica, que foi impulsionada pelo crescimento de 6,3% nos investimentos, 2,3% no consumo das famílias, proporcionado pelo aumento real de 2% da massa salarial e expansão do crédito.
Em termos absolutos, os setores que mais se destacaram foram Serviços, que gerou 558,6 mil empregos; o Comércio com geração de 284,9 mil empregos; a Administração Pública, com 403 mil empregos; a Indústria de Transformação, que gerou 144,4 mil empregos formais; e a Construção Civil, com geração de 60 mil empregos com carteira assinada.
Entre os oito setores de atividade econômica, sete apresentaram expansão nos rendimentos, com destaque para: Agricultura (6,13%), Extrativa Mineral (4,76%), Construção Civil (4,29%), Comércio (3,63%), Indústria de Transformação (3,40%) e Serviços (3,33%), todos registrando aumentos superiores à média da totalidade dos setores (3,18%).
Além do crescimento no número de empregos formais, a Rais 2013 aponta, ainda, aumento nos rendimentos médios dos trabalhadores formais de 3,18% (tomando como referência o INPC), percentual superior ao ocorrido em 2012 (2,97%), passando de R$2.195,78, em dezembro de 2012, para R$2.265,71, em dezembro de 2013. O resultado é proveniente do aumento de 3,34% nos rendimentos médios das mulheres e da elevação de 3,18% no dos
De Brasília, Christiane Peres